sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Economia de combustível


Dicas de pilotagem para economizar combustível e poupar sua moto

Tempos atuais requerem estratégias para aproveitar ao máximo todos os recursos disponíveis prolongando a vida útil de qualquer equipamento. No que diz respeito às motos, tendemos a esquecer que podemos ser econômicos porque é por si só um veículo que poupa combustível.

Mesmo sendo menos dispendioso abastecer uma moto, atitudes simples podem garantir uma utilização mais longa e plena a um custo significativamente menor, de todos os componentes.

Aceleração

Independente da cilindrada ou potência, toda moto deve ter sua aceleração executada de forma suave e progressiva. O acelerador deve ser mantido no mínimo sempre que a moto estiver com a marcha desengatada ou a embreagem acionada – se não existe a intenção de movimento, não há porque exercer maiores rotações do motor. Ao iniciar a saída, o acelerador deve ser progressivamente acionado, elevando os giros do motor apenas o suficiente para sustentar o movimento, evitando os excessos que apenas desgastam os componentes e consomem combustível. Uma aceleração brusca com marcha engatada "empurra" para o motor uma maior quantidade de mistura ar/combustível, que inicialmente não será queimada, gerando desperdício. De maneira secundária, a ação também pode causar impactos mais severos no câmbio, eixo de transmissão e todo o conjunto de tração, causando desgaste desnecessário.

Mudanças

Nas mudanças de marcha se encontra uma excelente oportunidade de exercitar a suavidade, que acaba se revertendo também em economia, além da segurança. As trocas devem ser executadas tendo como alvo a marcha que oferecer a melhor condição para o movimento em determinado momento. Em termos de rotação do motor, a busca é por um regime que pode produzir o máximo desempenho com mínima amplitude do acelerador. Na maioria do tempo, a situação pode ser representada por rotações medianas – aproximadamente a metade das rotações disponíveis quando da mudança de marcha. Esticar, significa um maior consumo, e a não ser que seja operacionalmente mandatório, deve haver um planejamento na forma como se insere em um determinado meio para que não haja a necessidade.

O ato de apertar a embreagem pode ser rápido, enquanto a liberação do manete deve ser constante, progressiva e suave, depois que a marcha é engatada. Dessa forma se garante a continuidade do movimento de forma suave, sem que haja muita variação no acelerador, gerando menor consumo de combustível.

Desaceleração

O mesmo raciocínio se aplica no processo de redução, buscando sempre exercer o freio motor no planejamento de seu movimento, obtendo economia tambem nos freios. Quando inserir uma marcha menor, a rotação do motor irá subir – se no momento da troca, quando o pé estiver iniciando a pressão no pedal da marcha der uma pequena acelerada, apenas o suficiente para elevar os giros para a posição aproximada onde estarão quando a marcha estiver completamente engatada, essa entrará com maior suavidade, preservando o conjunto do câmbio. Lembre-se de soltar a embreagem de forma suave e progressiva. Talvez não seja o ideal para o consumo de combustíel, mas ao poupar outros recursos, a economia acaba sendo em mais de um componente, valendo à pena.

Frenagem

Via de regra, todos os movimento bruscos acabam acarretando respostas bruscas de qualquer moto, sendo inconveniente do ponto de vista da economia. O raciocínio tambem se aplica para o processo da frenagem, sendo importante exercer a frenagem sempre de maneira decedida, mas suave. Para que isso possa ser obtido, é imprecindível que um bom planejamento em termos de velocidade e distância seja aplicado a maior quantidade possível de situações, objetivando resolver o máximo possível da desaceleração atraves do freio motor, e em seguida o freio traseiro, preservando o freio dianteiro como recurso derradeiro, caso ainda seja necessário. Se o planejamento for bem sucedido, quase nada do dianteiro será necessário. Mais uma vez, o princípio se aplica a todas as categorias de moto, mas é particularmente válido e enfático em motos do tipo custom, onde a frenagem traseira têm maior participação. O exercício do planejamento certamente trará economia no combustível, porque o acelerador será bem menos manipulado.

Lembretes

Ainda que a economia de combustível e preservação de todo o conjunto deve ser um sério objetivo na condução de qualquer veículo, é necessário notar que não pode ser a meta principal – nada está acima da segurança operacional, e se essa exigir uma mudança brusca de atitude, uma frenagem mais enfática ou qualquer outra forma que contrarie a economia, que seja.

Procure manter sua moto sempre bem regulada – carburação ou injeção eletrônica possui recursos para um excelente ajuste na queima do combustível. Leve sua moto ao seu mecânico de coniança com regularidade para a certificação de que tudo está funcionando como deveria.

Use apenas o combustível recomendado pelo fabricante e procure abastecer em postos que conheça a procedência do combustível. Uma gasolina de qualidade duvidosa pode acarretar bem mais que apenas um consumo maior.

Mantendo a moto sempre de tanque cheio evita que o combustível tenha tendência a evaporar, durando um pouco mais.

Mantenha a calibragem ideal dos pneus, evitando que trabalhem fora de suas especificações.

As peças móveis devem ser todas limpas e lubrificadas com periodicidade indicada pelo fabricante – peças engripando oferecem maior resistência que de alguma forma terá que ser compensada, quase sempre usando maior quantidade de energia.

Por fim, preste atenção a topograia da região por onde esteja passando – explore apropriadamente as descidas evitando acelerar aonde a gravidade pode estar fazendo isso por você.

Com pequenos ajustes na maneira como pilotamos, podemos obter uma boa economia a curto, médio e longo prazo. Explore a fundo o que sua moto tem pra lhe oferecer. Até a próxima!


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